Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Em meio a crise diplomática envolvendo Brasil e Israel, o presidente Lula recebeu o apoio do coletivo Vozes Judaicas por Libertação, que elaborou uma nota em defesa do petista, que comparou o que ocorre na Faixa de Gaza ao Holocausto.
As falas de Lula abriram uma crise diplomática com o governo israelense. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. “A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós”, afirma o texto. E segue: “Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática”, segue.
Ainda segundo o coletivo, “a comparação entre genocídios é sempre complicada” e que “há como estabelecer qualquer hierarquia”, mas afirma que as falas do chefe do Executivo “são de grande importância”.
E continuou: “Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos”, afirmou o grupo. “As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa — tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas — sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel”, concluiu.
O Vozes Judaicas por Libertação vai na contramão de outras entidades da comunidade judaica brasileira, que criticaram o petista.