Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Apontado e preso como mandante de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), disse que tinha uma “boa relação” com a vereadora, apesar de algumas “discordâncias políticas”.
Brazão se defendeu das acusações de assassinato durante participação em audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta terça-feira (26). Os parlamentares pediram vistas e o caso não progrediu.
Cabe ao colegiado avaliar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou prender preventivamente o parlamentar, que está detido desde o último domingo (24).
Por possuir foro privilegiado, o deputado no exercício do mandato, precisa ser referendado pela Câmara ou pelo Senado, conforme determina a Constituição Federal e o regimento interno das duas Casas.
Em sua defesa, Brazão citou uma discussão durante um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2017, para regularizar ocupações clandestinas. “Uma simples discordância de pontos de vista, onde eu estava aprovando, lutando para aprovar, um projeto de lei que regulamentava pelo período de um ano os condomínios irregulares, para que pudesse a cidade do Rio de Janeiro ter mais organização”, disse.
Na ocasião, Marielle se manifestou contra a proposta. Segundo o delator Ronnie Lessa, o episódio foi apontado como um “estopim”.
“É uma coisa simples demais para tomar uma dimensão tão louca de que eu, como vereador, com uma relação muito boa com a vereadora”, completou Brazão.