Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A pressão dos familiares do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi fundamental para o convencê-lo a fechar uma delação com a Polícia Federal (PF). A informação, divulgada pelo colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, aponta que um dos que desejavam que a delação ocorresse logo era seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lorena Cid, também investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela participação na venda de joias nos Estados Unidos.
Além do pai, a esposa do ex-ajudante de ordens, Gabriela Cid, envolvida na falsificação do registro de vacina pela qual Cid foi preso, também queria acelerar a delação. O criminalista Bernardo Fenelon também defendia a delação como um caminho enquanto foi advogado do militar, mas Cid resistia.
Preso há algum tempo, Cid sustentou que não trairia o ex-presidente da República. Na ocasião, sua experiência na área de Operações Especiais do Exército o havia preparado para resistir à pressão. Cezar Bittencourt, atual advogado de Cid, quando assumiu a defesa, no meio de agosto, ouviu dele que era favorável a delatar e por essa razão decidiu seguir em frente.