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Nove homossexuais foram mortos por crucificação e apefrejamento por rebeldes Hutis do Iêmen. A decisão foi da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).
Os Hutis, que controlam uma parte considerável do país, também condenaram outros 23 homens a penas de prisão, variando até dez anos, com três destes também sentenciados a flagelação pública. “A HRW pede aos Hutis que cessem o uso da pena de morte e outras formas de punição cruéis e degradantes, bem como garantam julgamentos justos aos acusados”, declarou a ONG em um comunicado.
Os tribunais Hutis condenaram 350 pessoas à morte na última década, das quais 11 já foram executadas. “Para ocultar sua brutalidade, os Hutis estão acusando indivíduos de atos imorais, especialmente aqueles que se opõem ao regime”, afirmou o pesquisador da HRW para o Iêmen e Bahrein, Niku Jafarnia.
A lei de processo penal do Iêmen, nos artigos 132 e 172, proíbe detenções e apreensão de bens pela polícia sem ordem judicial, enquanto o artigo 181 veda interrogatórios sem a presença de advogado, destacou a HRW.
O grupo rebelde armado Hutis assumiu o controle da capital iemenita, Sanaa, em setembro de 2014, resultando no exílio do governo iemenita, reconhecido internacionalmente. Ademais, a HRW documentou graves violações cometidas por governos do Oriente Médio e Norte da África contra pessoas LGBT+, ao utilizarem “fotos digitais, conversas e informações similares obtidas ilegalmente” para as condenar.