A delegação brasileira que vai disputar as olimpíadas em Paris contará com 15 representantes baianos em 6 esportes. O interior do estado conta com a maior quantidade de talentos, sendo 10, enquanto que Salvador e Região Metropolitana contam com 5. Os homens são a maioria totalizando 53% dos enviados. O Brasil terá um total de 277 atletas em 39 modalidades. As informações são Bnews.
BOXE
O estado que já teve medalhistas olímpicos no boxe como Hebert Conceição e Adriana Araújo, continua sendo potência na modalidade, desta vez com 5 classificados, o que é metade da delegação.
Keno Machado
Na categoria até 92kg, Keno Marley, como gosta de ser chamado por ser fã de reggae, vive em Conceição do Almeida, mas nasceu em Sapeaçú. Aos 24 anos, o pugilista foi prata no Pan-Americano de Santiago em 2023 e no último mês, em junho, foi campeão do Grand Prix Internacional.
Beatriz Ferreira
Bia Ferreira é a representação do dito popular “filho de peixe, peixinho é”. Filha do boxeador bicampeão brasileiro, Raimundo Oliveira Ferreira, o Sergipe, que também é o seu treinador. Dona de um currículo que tem prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Bicampeã Mundial nos de 2019 e 2023, Bia compete pela categoria até 60kg. Na última olimpíada em que disputou, a pugilista foi a primeira brasileira a disputar uma final olímpica do boxe.
Tatiana Chagas
A menor integrante da delegação do boxe, com 1,58, é invocada. Começou no esporte para melhorar o peso que estava influenciando na sua autoestima. Começou a se dedicar mais ao ver a também baiana, Adriana Araújo ser bronze em Londres 2012. Foi prata no Pan-Americanos 2023 e ouro nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, em 2022.
Bárbara Santos
Carinhosamente apelidada de Bynha, quando está no ringue, com ela não tem carinho. Bárbara, que luta na categoria até 66kg, é natural de Salvador e treinada pelo ex-pugilista Mone Nocaute. Bynha começou fazendo kickboxing até o treinador ver o potencial dela no boxe. A atleta vem de dois ouros no Pan de Santiago e nos Jogos Sul-Americanos de Assunção. No mundial de 2023, quando fez sua estreia no campeonato, ficou com o bronze.
Wanderley Pereira
Nascido em Conceição do Almeida, o pugilista é conhecido também como “Wanderley Hollyfield” por sua precisão nos golpes. Com 23 anos ele se tornou o quarto brasileiro a chegar numa final de mundial de boxe. Foi Ouro dos Jogos Sul-Americanos de 2022 e Prata no Pan-Americano de Santiago.
NATAÇÃO
Depois dos ringues, as modalidades que a Bahia mais cede atletas estão nas águas. Nas piscinas, depois de Edvaldo Valério, o primeiro nadador negro a representar o Brasil e medalhista no revezamento 4x100m livre em Sydney 2000, o estado terá dois representantes na mesma modalidade: Guilherme Caribé e Breno Correia. Ana Marcela também é destaque na Maratona Aquática.
Guilherme Caribé
Um dos novos expoentes da natação brasileira, em Paris o nadador vai competir em três modalidades, nos 50m, 100m livre e no 4x100m livre. Medalha é com ele, foi ouro no Pan de Santiago, em 2023, nos 100m livre, e nos revezamentos 4x100m livre e 4x100m livre misto. Neste ano ele quebrou o recorde brasileiro nas 100 jardas nos Estados Unidos, que pertencia a César Cielo fazendo 40s55.
Breno Correia
Aos 25 anos, Breno vai nadar junto com Caribé no revezamento 4x100m livre. No Pan, o nadador não só foi ouro na dobradinha soteropolitana, como também foi ouro no 4×200 livre. Está será a segunda olimpíada do baiano que terminou em 8º no revezamento 4×100m livre em Tóquio 2020.
Ana Marcela
Nos mares, Ana Marcela segue sendo a representante baiana. Ela é o fenômeno brasileiro das águas abertas, acumulando incontáveis pódios em mundiais nos 5km, 10km e 25km. Em Paris, ela vai defender o ouro nos 10km, conquistados em Tóquio. A soteropolitana começou a nadar aos dois anos ainda na creche e com 16 já disputou sua primeira olimpíada, em Pequim 2008.
CANOAGEM
Nas águas ainda, a segunda modalidade com mais representantes é a canoagem, com 4 baianos. O destaque vai para o Rio de Contas em Itacaré que revelou três atletas com índice olímpico.
Mateus Nunes
Estreante em Jogos Olímpicos, o mais jovem canoísta a representar o Brasil, tem apenas 18 anos. A primeira competição de Mateus será na canoagem velocidade, no C1 200M individual. Apelidado de Keléu, é promessa da canoagem brasileira e foi campeão do Mundial Júnior de canoagem na última semana.
Valdenice Conceição
Finalmente ela chegou em uma olimpíada. Depois de um erro de estratégia que deixou ela fora de Tóquio 2020, aos 34 anos ela se tornou a primeira mulher a conquistar uma vaga olímpica na canoagem para o Brasil. “Neta Canoa” como é conhecida já havia sido a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de velocidade em Jogos Pan-Americanos de canoagem. Em Paris ela vai competir no C1 200m individual.
Jack Godmann
O nome diferente não é à toa, Jacky é filho de um alemão com uma baiana quilombola, que eram pescadores em Itacaré. Ou seja, a relação do canoísta com as águas vem de berço. Aos 25 anos ele será o parceiro de Isaquias no C2 500m, assim como em Tóquio.
Isaquias Queiroz
O baiano de Ubaitaba chega em Paris visando recorde. Se vencer o C1 1000m e o C2 500m ele chega a seis medalhas olímpicas e supera Robert Scheidt e Torben Grael, maiores campeões olímpicos brasileiros. O canoísta já possui 1 ouro em Tóquio e duas pratas e um bronze conquistados no Rio.
FUTEBOL
Rafaelle
A capitã da seleção feminina de futebol é nascida em Cipó. A infância de Rafaelle foi jogando futebol por diversão. Até se mudar para os Estados Unidos, aos 20 anos, quando começou a jogar profissionalmente em ligas do país. A zagueira logo se tornou liderança e atualmente, aos 32 anos, joga no Orlando Pride, dos EUA, junto com a rainha Marta.
CICLISMO
Paris também vai marcar um novo momento para o ciclismo baiano. O estado terá dois representantes, e jovens.
Paôla Reis
Começou dando suas primeiras pedaladas aos 11 anos na pista de Bicicross do Corsário, em Salvador. Hoje aos 23, Paola é medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima, e ouro no Pan-Americano de Ciclismo BMX. Paris será a sua primeira olimpíada.
Ulan Bastos
Natural de Palmeiras, no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, Ulan Galinski é o primeiro nordestino da história a representar o país no Mountain Bike em Jogos Olímpicos. Considerado o futuro do Brasil na modalidade, o jovem de 22 anos foi convocado para representar o país em Paris por conseguir a melhor posição no ranking mundial (25ª).