Foto: Divulgação/William Lucas/COB
Uma da promessas de melhada nas Olimpíadas de Paris, o baiano de Ubaitaba, Isaquias Queiroz, de 30 anos, já superou superou inúmeras dificuldades desde o início da vida. Uma das maiores lhe ocorreu aos 10 anos, quando subiu em uma árvore para conferir uma serpente morta, caiu de costas sobre uma pedra e feriu um dos rins, que precisou ser retirado.
No entanto, um rim a menos não impediu que Isaquias se tornasse o primeiro campeão olímpico brasileiro na canoagem, dono de quatro medalhas olímpicas, alcançando ainda o título de primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa única edição dos Jogos, na Rio-2016.
Nesta sexta-feira (26), ele faz história novamente representando o Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 desfilando pelo rio Sena como porta-bandeira ao lado de Raquel Kochhann, do rugby.
O canoísta conta que, apesar das adversidades que precisou enfrentar durante sua jornada, não ter um rim há duas décadas está longe de ser o maior desafio da sua vida. “Não dá para definir um [desafio] ou outro, o importante é que eu busco vencê-los sempre, acho que o maior desafio é superar os meus próprios limites, pra mim esse sempre será o mais desafiador”, site ao site do Terra.
Acompanhado de perto pelo técnico da Seleção Brasileira Olímpica de Canoagem, Lauro de Souza Junior, o atleta explica como lida com a pressão de competir em nível alto, especialmente quando se carrega muitas expectativas para o país.
“Eu vou na água para competir e superar os meus próprios desafios, não adianta ter frio na barriga na competição se você deu mole nos treinamentos, quando você treina bem e faz o seu dever de casa, na competição é só o fechamento do resultado que tivemos”, destaca Isaquias.
O atleta ainda revela uma dieta “especial” que o ajuda na preparação para as provas durante as competições: “A nutrição é sempre a comida caseira feita pela minha esposa, essa é a melhor nutrição que um atleta pode ter.”