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Nas últimas semanas após ser classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma substância possivelmente cancerígena, o aspartame tornou-se um dos assuntos mais comentados. E nessa seara o consumo dos refrigerantes e demais bebidas adoçadas com esse produto.
Antes de qualquer coisa saliento que esse não se trata de um texto que incentive ou não o consumo de industrializados e bebidas adoçadas. Trata- se de um meio de informar sobre o que de fato foi estudado e como isso pode ser compreendido pela população em geral.
Aspartame trata-se de um adoçante sintético que possui ingestão diária aceitável segundo o Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização Mundial de Saúde ( JECFA), em 40mg/kg de peso corporal por dia. Ou seja, se você pesa 50 kg, seu consumo diário não deve exceder 2000mg ou 2,0g.

Isso equivale em números, cerca de 42 latinhas de refrigerante zero açúcar. Bastante, não é mesmo? É importante frisar que esse consumo pode variar se você utilizar outros produtos adoçados com aspartame, e sim! São muitos os disponíveis nos mercados desde embutidos a biscoitos.
Mas o que você deve está se perguntando há dias é se aspartame causa câncer e se pode beber a sua coquinha zero em paz.
Então vamos aos fatos. Sigamos!
No Brasil, desde 2013 a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), considera categorias ou grupos para classificação de agentes ou substâncias. No Grupo 1 são carcinogênicos e possuem evidências fortes de estudos em seres humanos. Os do Grupo 2A são os provavelmente carcinogênicos, porém esses estudos foram feitos em animais e quando feitos com seres humanos são de baixa evidencia científica. O Grupo 2B enquadra os (possivelmente) carcinogênicos, porém, comevidências de estudos em animais e seres humanos insuficientes ou de baixa evidência científica em ambos. Os estudos mais seguros são aqueles do Grupo 3, considerados não carcinogênicos.
Nesse sentido o aspartame se enquadra no Grupo 2B dessa agência, com baixa evidência de estudos em seres humanos e fazem parte do mesmo grupo dos legumes em conserva, por exemplo.
São muitos os alimentos que contém aspartame, na sua grande maioria produtos industrializados como os ultraprocessados, que em consenso devem ser evitados no contexto de uma alimentação equilibrada.
É estabelecido que uma alimentação que mantenha segurança em saúde deve ser aquela com consumo prioritário de alimentos in natura como frutas, legumes e reduzido teor de processados industrializados.
Mas e quanto o consumo da coca zero? Onde isso se enquadra!
É importante que pensemos num consumo mínimo seguro, é preciso avaliar o contexto da alimentação como um todo. Precisamos pensar em dose diária e consumo total de sua alimentação. A regra de ouro é moderação.
Se o seu consumo é pontual, e você se mantém longe do quantitativo de 40 latinhas conforme citado no início desse texto, você tem um padrão seguro de consumo.
Tente ao máximo utilizar como bebida na sua rotina aquelas derivadas de fontes naturais como os sucos de fruta, mas quando precisar ou quiser tomar aquela coca zero gelada vá sem a preocupação desta te causar câncer. Pois como visto, é a quantidade e o contexto que te levará ao adoecimento.
Parcimônia é a palavra de ordem!