Foto: Antônio Augusto/Secom/TSE
O ex-presidente Jair Bolsonaro sustenta a tese de que só conseguirá escapar da condenação criminal se o caso deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) e migrar para a Justiça comum. Segundo ele, fugir da “perseguição” que lhe seria imposta pelo ministro Alexandre de Moraes. De acordo com o colunista Paulo Capelli, do Metrópoles, no campo jurídico, a medida conta com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na ocasião do depoimento, ele e Michelle optaram pelo silêncio em depoimento à Polícia Federal.
Ainda conforme o colunista, Bolsonaro perdeu a prerrogativa de foro e, portanto, deve ser julgado pela primeira instância. Foi com base na posição da PGR, conforme a coluna de Paulo Capelli, do Metrópoles, que ele e Michelle optaram pelo silêncio em depoimento à Polícia Federal.
Esse seria o cenário perfeito para Bolsonaro, ao menos por ora, mas está bem mais para sonho do que para realidade. O ministro já atua para eliminar o plano de evitar o julgamento pelo STF no inquérito das joias e já definiu como reagirá quando o foro de competência for debatido pelos onze ministros da Corte. E o contra-ataque não é bom para o ex-presidente. Bolsonaro deve ser julgado pelo STF. Para sustentar a medida, Alexandre dirá que há um ponto em comum envolvendo os atos antidemocráticos, a fraude em cartões de vacinação e a venda das joias: todos os crimes teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa.
Como também há deputados e senadores, caberá ao Supremo julgá-los todos, inclusive os não detentores de foro privilegiado. A referida organização criminosa é encabeçada por Bolsonaro e constituída por uma dúzia de aliados. Moraes alegará que os crimes perpetrados têm conexão e dessa forma não haveria como desvincular uma coisa da outra.