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Moraes, do STF, era monitorado por governo Bolsonaro e tinha codinome: ‘Professora’

Foto: Isac Nóbrega

Professora. Assim era chamado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que era monitorado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A revelação foi feita pelo tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal. Ele foi ajudante de ordem de Bolsonaro na ocasião.

Segundo Cid, integrantes do governo teriam acompanhado o itinerário, o deslocamento e a localização do magistrado com o objetivo de capturá-lo e detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado. De acordo com o jornal O Globo, a admissão foi feita durante o quarto depoimento à PF.

No depoimento, Mauro Cid esclareceu as circunstâncias em que foi realizado o monitoramento do ministro. Há cerca de um mês, foi deflagrada uma operação contra o ex-presidente, ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme a PF, havia um núcleo de inteligência, composto pelo general Augusto Heleno, por Mauro Cid e por Marcelo Câmara, “que teria monitorado a agenda, o deslocamento aéreo e a localização” do ministro do STF Alexandre de Moraes, “com o escopo de garantir a captura e a detenção do então chefe do Poder Judiciário Eleitoral nas primeiras horas do início daquele plano”.

Os deslocamentos feitos entre Brasília e São Paulo pelo ministro no período coincidem com as informações relatadas pelos ex-assessores de Bolsonaro e também com as reuniões realizadas no Palácio da Alvorada sobre a confecção de uma minuta golpista.

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