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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) entrou com um pedido de recurso para que Alexandre Nardoni volte para atrás das grades, alegando que ele “representa perigo para a sociedade” e por contar com “transtorno de personalidade.”
Nardoni estava preso desde 2008 pela morte da filha Isabella. Ele foi solto, na tarde dessa segunda-feira (06), após a Justiça conceder a progressão para o regime aberto. A Promotoria interpôs um pedido, ainda na segunda, para que Nardoni volte a cumprir a pena no regime semiaberto.
“Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”, diz trecho de nota, enviada ao site Metrópoles.
O MPSP argumenta que, de acordo com avaliação psiquiátrica, Nardoni possui “impulsividade latente”, além de “exibir elementos de transtorno de personalidade”.
Em nota, o advogado de Nardoni, Roberto Podval, disse que “a decisão é irretocável” e que, “se não pensarmos na ideia de reabilitação, a pena terá um efeito perverso”.
A decisão do juiz José Loureiro Sobrinho, de São José dos Campos, contraria manifestação do MPSP, que queria que o reeducando fosse submetido a exame criminológico e ao teste de Rorschach, para comprovar se ele tem condições de ficar em liberdade.