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Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a cada 10 pessoas desempregadas em Salvador, nove são pretas ou pardas, com incidência de 92,2%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral de 2023 aponta ainda que quando se trata de Bahia os números seguem a tendência de alta, mas ainda é menor do que em Salvador – com 86,2%.
Mariana Viveiros, supervisora de disseminação da informação do IBGE, explicou que as estatísticas ainda revelam importantes desigualdades e que as distâncias são ainda mais marcantes na cidade de Salvador do que na Bahia como um todo, revelando que um maior dinamismo econômico, uma maior renda média, uma realidade escolar mais estruturada e maior nível de instrução e condições de vida em geral melhores não significam necessariamente mais igualdade racial, infelizmente.
Além da desigualdade gigante na quantidade de pessoas empregadas, há diferença também no salário quando se trata de raça. Os pretos ou pardos ganham cerca de 54% menos que os brancos. No estado, em geral, a taxa é de 32% a menos.
- Pretos R$ 1689 na Bahia / R$ 2116 em Salvador
- Pardos R$ 1693 na Bahia / R$ 2120 em Salvador
- Brancos R$ 2497 na Bahia / R$ 4647 em Salvador
É preciso levar em consideração que se trata de uma série histórica comparável relativamente pequena. Num médio e longo prazos, as desigualdades vêm se reduzindo, em razão de uma série de fatores, como as leis que implementaram diversas modalidades de ações afirmativas. Talvez a questão aqui seja a necessidade de que essa redução da desigualdades ganhe ritmo e intensidade, que seja mais rápida e ainda mais expressiva”. finalizou.