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INACREDITÁVEL! PMs são denunciados por cobrança de propina para mototaxistas trabalharem no subúrbio

Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (15), no Bahia Meio Dia, moradores denunciaram policiais militares de cobrarem uma propina de R$ 100 por semana para cerca de 30 mototaxistas que trabalham no bairro de Periperi, no subúrbio de Salvador. A denúncia está sendo investigada pela corregedoria da corporação.

Além da denúncia da cobrança de propina, um dos denunciantes, o mototaxista Luís Daniel, revelou ter sido agredido após ter a casa invadida por policiais. A situação teria acontecido depois que ele se negou a pagar a propina.

De acordo com Luís Daniel, na quarta-feira (14), ele estava no ponto de ônibus, localizado na praça conhecida como “Gavião”, quando passou a ser intimidado com olhares. Ao ficar desconfortável, ele decidiu ir para casa, próxima do local. Em seguida, conforme o trabalhador, ele foi perseguido pelos policiais, que estavam em uma viatura da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Periperi). Os agentes teriam disparado três vezes na direção dele, mas ele não foi atingido.

“Eles disseram que eu cometi desacato no ponto dos mototáxis, mas eu não fiz isso. Eles foram lá e ficaram me intimidando com olhares, pararam na minha frente e eu tive que disfarçar sendo que não fiz nada. Sentei na moto e fui para casa, porque eles não me deram voz de abordagem. Depois, fizeram disparos de armas na minha direção e me perseguiram”, contou o mototáxi.

Na porta de casa, ele foi agredido com socos, mas conseguiu se desvencilhar e entrar no imóvel. Luís Daniel informou que mais policiais chegaram ao local, quebraram o cadeado que trancava a casa e invadiram sem mandado de prisão.

Investigação

O comandante da 18ª CIPM, major João Daniel, por sua vez, ressaltou que o caso está em investigação e citou que os agentes da unidade receberam uma denúncia de assaltos cometidos com a motocicleta de Luís Daniel.

Sobre essa versão, a família afirma que o filho do mototaxista, Luís Daniel Júnior, assaltou com a motocicleta em 2022 e um vídeo viralizou nas redes sociais. Os policiais estariam usando essas imagens feita há dois anos, como se fosse de crimes realizados neste ano, para “justificar” a abordagem.

“Já cometi assalto, mas eles estão usando um vídeo gravado há dois anos para sujar minha imagem. Procurei minha melhora e estão usando esse vídeo por causa desse caso deles atual”, afirmou o filho do mototaxista.

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