Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
O presidente Lula tem sido cobrado pelo campo empresarial do Brasil por causa do seu distanciamento com o grupo. Acostumados à boa interlocução nos dois primeiros mandatos do petista, um grupo de empresários se surpreendeu com o distanciamento do chefe do Executivo em sua terceira gestão.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Lula nunca teve celular que atendesse imediatamente, mas sempre retornava os telefonemas e costumava marcar audiências quando solicitadas.
Ainda segundo a publicação, o presidente costumava convidá-los para conversas reservadas, nas quais ouvia opiniões e levava-as em consideração. Neste governo, no entanto, os empresários deixaram de ser convocados para os encontros restritos e muitas vezes Lula não retorna as ligações.
Dos poucos empresários com quem o mandatário mantém conversas regulares é o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, com quem o petista tem amizade antiga, já que é filho de José de Alencar, seu vice nos primeiros mandatos.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, atribui o distanciamento neste primeiro ano do terceiro mandato à atribulada agenda internacional e à necessidade de “reconstruir o país”, após a gestão de Jair Bolsonaro (PL). “O tempo dedicado à necessidade da agenda internacional para reposicionar o Brasil e à necessidade de reconstruir o governo destruído são incomparáveis a momentos anteriores”, justificou.