Foto: Adriano Machado/Reuters
O Governo Lula aposta em medidas de aumento de crédito e na queda dos juros para fazer a economia crescer mais neste ano. Novas medidas para fomentar o crédito já foram solicitadas à sua equipe, que comemorou os bons resultados do Desenrola.
Lula confia em um crescimento que pode surpreender e ficar, novamente, acima das previsões do mercado. Nesse caso, a rotatividade seria com mais crédito e juros mais baixo.
As previsões de crescimento deste ano, eleitoral, estão na casa de 1,5%. O Banco Central prevê 1,7%. A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aposta em algo na casa de 2%.
O presidente quer mais e conta também com a injeção de recursos na economia pelo aumento do salário mínimo e o pagamento de R$ 95 bilhões de precatórios. As medidas devem ajudar a impulsionar a economia, que no ano passado teve crescimento na casa de 3%.
Já em Brasília após o período do Réveillon, o presidente tem algumas missões imediatas para o mês de janeiro. As mais urgentes são a escolha do novo ministro da Justiça e a negociação com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a tramitação da medida provisória editada por Fernando Haddad no fim do ano, para aumentar a arrecadação.
Sobre a pasta da Justiça, Lula chegou a acertar com Flávio Dino que definiria seu substituto até o dia 15 de janeiro. Ninguém crava um nome, mas Ricardo Lewandowski está bem cotado. Na segunda questão, há o risco de a MP ser devolvida, e Lula vai tentar acertar um acordo com Pacheco para que ela não seja rejeitada.
Em caso de devolução da medida, seria prejudicial para não só uma, mas para as três medidas tomadas por Haddad no final do ano: reoneração da folha de pagamento, limite para compensação de créditos tributários e redução dos incentivos fiscais para o setor de eventos.