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Uma ideia apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul (MS) ao ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) numa reunião em Brasília, fez com que o governo Lula (PT) estudasse a criação de um voucher para permitir que famílias pobres possam comprar até 2 quilos de carne bovina por mês.
O nome provisório, sugerido pelos próprios pecuaristas, é ‘Programa Carne no Prato’, segundo o Estadão. A proposta inicial, conta Guilherme Bumlai, é a de que o voucher seja de R$ 35, suficiente para as famílias comprarem ao menos 2 quilos de carne por mês.
A proposta foi encaminhada para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os pecuaristas – entre eles Guilherme Bumlai, filho do empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula e condenado na Lava Jato –, acreditam que o projeto possa beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano. A proposta é questionada por especialistas ouvidos pelo Estadão.
O encontro ocorreu em agosto do ano passado e a comitiva dos criadores incluiu o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni; e o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai.
A Acrissul calcula que até 19,5 milhões de pessoas poderiam ser beneficiadas. Inicialmente, só famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais, o CadÚnico, como as que recebem o Bolsa Família, teriam acesso aos vouchers. Estes seriam usados exclusivamente para comprar carne bovina em supermercados e açougues conveniados. Segundo levantamento do Procon de São Paulo, o valor do preço da carne de 1ª fechou janeiro em R$ 38,26 e o de 2ª foi vendido a R$ 28,61.