Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O ex-ministro da Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, general Walter Souza Braga Netto, é um dos alvos da ação da Polícia Federal (PF). A PF apura supostas fraudes na verba da intervenção federal do Rio de Janeiro (RJ). Na época, Braga Neto estava no cargo de interventor. A verba usada na intervenção girou em torno de R$ 1,2 bilhão. A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão emitidos no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Entre os objetivos da operação, estão a apuração dos crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais na aquisição de 9.360 coletes balísticos. Neste caso, o equipamento teria um sobrepreço e envolve uma empresa norte-americana, além do Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro (GIFRJ).
O crime foi apontado por autoridades norte-americanas durante a investigação da morte do presidente haitiano Jovenel Moises, que foi assassinado. O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de conluio entre as empresas envolvidas, além de terem conhecimento prévio da intenção de compra dos coletes pelo GIFRJ e estimou um valor total global do potencial sobrepreço de R$ 4.640.159,40.
O contrato com o GIFRJ foi assinado em dezembro de 2018, no valor de mais de US$ 9,4 milhões (equivalente a R$ 40,1 mi à época). Após a suspensão do contrato pelo TCU, o valor foi estornado no dia 24 de setembro de 2019. Além disso, a PF também investiga o conluio de duas empresas brasileiras que atuam no comércio proteção balísticas e formam um cartel desse mercado no Brasil.