Foto: Timothy A. Clary/AFP
O Brasil tradicionalmente é o responsável por abrir o discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua fala, afirmou nesta terça-feira (19), que “o mundo está cada vez mais desigual”.
O presidente cobrou maior empenho dos “países ricos” em temas como a superação da fome e da desigualdade, a promoção da paz, a reversão das mudanças climáticas e a reforma de instituições como a própria ONU.
Num discurso de pouco mais de 21 minutos, Lula tratou da guerra na Ucrânia e de outros conflitos pelo mundo. Ele disse que o Conselho de Segurança da ONU (formado por Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia) “vem perdendo progressivamente sua credibilidade”.
Na abertura, um assunto bastante conhecido e debatido durante toda campanha presidencial, que é a fome – e citou que 735 milhões de pessoas em todo o mundo vão dormir “sem saber se terão o que comer amanhã”. “Há 20 anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez. Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade, reafirmando o que disse em 2003. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres. A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, declarou.