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Nesta segunda-feira (29), Dia Nacional da Visibilidade Trans, não há o que comemorar, pelo menos no índice de violência. Em 2023, o Brasil registrou 4.482 denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas trans, de acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
Os estados com mais número de casos são: São Paulo (25%), Bahia (16%) e Rio de Janeiro (14%). Os três aparecem com maior recorrência de casos denunciados no Disque 100 — serviço de denúncias e proteção contra violações de direitos humanos.
O painel do Disque 100 também mostra o perfil, a faixa etária da vítima e do agressor, o tipo de violência mais recorrente e a relação entre o suspeito e a vítima. Algumas especificações chamam a atenção na análise de dados: na maioria dos casos, as violações são cometidas por pessoas desconhecidas (105 suspeitos) ou familiares diretos da vítima, como mãe (107) e pai (42).
O cenário da violação aparece, principalmente, em ambiente virtual e em locais como residência das vítimas, ambiente de trabalho, via pública. A maioria dos agressores são do gênero masculino e têm entre 30 e 60 anos. Conforme os dados, foram registradas 784 agressões relacionadas à tortura psíquica. O total de 762 ligações apontaram que a vítima sofreu algum tipo de constrangimento, 564 registros indicaram discriminação e outras denúncias relataram ameaça, injúria, exposição de risco à saúde e agressão física.