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Deputado patriota, Binho Galinha é alvo de operação da Polícia Federal

Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagra, na manhã desta quinta-feira (07), a “El Patron”, operação tem o objetivo de desarticular a organização criminosa especializada na lavagem de capitais vindos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais. O investigado é o deputado estadual, Binho Galinha (Patriota).

A ação é contra um grupo miliciano na Feira de Santana e municípios vizinhos. Três policiais militares estariam envolvidos. De acordo com a PF, a operação é em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada FORCE/COGER/SSP/BA.

Ao todo duzentos policiais federais e estaduais, além de 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários participam da ação.

A PF informa que foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas, em cumprimento à decisão do Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana/BA.

Também há o apoio do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil da Bahia (CORE).

Diante das investigações, a PF descobriu que o chefe da ORCRIM, grupo investigado, é atualmente detentor de foro por prerrogativa de função. Desde 2018 o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados na justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele.

A Receita Federal, em cumprimento à ordem, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados, além de indícios de lavagem de dinheiro. A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

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