Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
À Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid delatou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (21), e admitiu que se reuniu com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe para não deixar o poder. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava na presidência e o caso ocorreu após as eleições do ano passado.
De acordo com a CNN, Cid detalhou duas situações. Ele citou que Bolsonaro recebeu em mãos uma minuta golpista e em outro momento, o ex-ajudante de ordens detalha a reunião com a cúpula militar. As Forças Armadas teriam sido consultadas sobre a possibilidade de uma intervenção militar.
Ainda segundo Mauro Cid, a Marinha teria repsondido que as tropas estavam prontas para agir, apenas aguardando uma ordem dele. O Exército, por sua vez, não teria aceitado o plano. Esse depoimento sobre plano golpista e minuta do golpe é um dos pontos analisados na delação premiada fechada por Mauro Cid com a Polícia Federal.
O tema, porém, é tratado com cautela e sigilo. As pessoas citadas pelo tenente-coronel precisam ser eventualmente responsabilizadas e para isso, provas que corroborem com as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro devem ser divulgadas.
O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, disse que não confirma o conteúdo da delação por se tratar de assunto sigiloso. Até o momento, a defesa de Bolsonaro ainda não respondeu à reportagem. Exército, Marinha e Aeronáutica. Mas ainda não teve retorno.