Foto: Mateus Bonomi / AGIF
Acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o senador Flávio Bolsonaro do PL utilizou “cheque fantasma” para compra de imóvel, em 2020. Essas transações, no esquema “rachadinha”, envolviam pagamentos em espécie, cheques de terceiros ou boletos que nunca eram descontados de sua conta pessoal. As informações são do colunista Rodrigo Rangel do site Metrópoles.
A denúncia do MP aponta que, em aproximadamente um ano, o senador fez pagamentos relacionados à compra do imóvel, totalizando R$ 297 mil. Mas, nenhum desses valores saiu de sua própria conta bancária. Os pagamentos incluíram R$ 86,5 mil em dinheiro vivo, R$ 193,6 mil em boletos e R$ 16,8 mil em cheques, totalizando aproximadamente R$ 3 milhões.
Ainda segundo o colunista, uma das transações é sobre a compra de um andar inteiro no edifício Barra Prime Offices, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Apesar de ter comprado 12 salas do edifício, durante a fase de lançamento, e em seguida as revendido, ainda na planta, por um valor significativamente superior, a denúncia havia sido arquivada por falta de provas.
Mas de acordo com a denuncia, Flávio deixou uma pista significativa durante a fase inicial do negócio. Para evitar que um cheque de R$ 200 mil nominal ao empreendimento imobiliário fosse descontado, ele não assinou o documento de forma convencional. Em vez disso, seu nome completo, escrito à mão em letra cursiva, preenchia o campo correspondente, criando uma espécie de “cheque fantasma.”