Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio
Foi liberado nesta terça-feira (11) para julgamento, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Primeira Turma do Supremo vai julgar o caso, que ainda não tem data definida. A PGR denunciou Domingos Brasão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ) e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa por homicídio e organização criminosa.
O assassinato ocorreu a mando dos irmãos Brazão e motivado para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política de Marielle, filiada ao Psol. Para chegar até eles, a PGR encontrou an delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da execução dos homicídios, motivos para solicitar a prisão.
A defesa dos irmãos se pronunciou. Os advogados de Domingos Brazão defenderam nesta segunda-feira (10) a rejeição da denúncia por falta de provas e afirmaram que a Corte não pode julgar o caso em função da presença do deputado Chiquinho Brazão nas investigações.
Já a defesa de Chiquinho Brazão alegou que as acusações não têm ligação com seu mandato parlamentar e disse que não há provas da ligação dos irmãos com ocupação ilegal de terrenos no Rio de Janeiro.