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Carlos Cruz: “Quando você tem o apoio da sua família, as lutas na rua se tornam brincadeiras”

Foto: reprodução

Das ruas de Salvador, para as passarelas internacionais. Essa é a virada de chave do modelo baiano Carlos Cruz, que bateu um papo com a nossa equipe. O menino da periferia fez a viagem que mudou completamente sua vida e o seu olhar com o outro. Aos 23 anos, ele pegava um ônibus coletivo, quando foi descoberto pelo produtor de moda Sivaldo Tavares, que deu o ponto de partida para ele entrar no mundo da moda.

“Quando você vence, você não vence sozinho, você leva um coletivo. Me tornei um diretor de casting, onde venho construindo uma história muito significante, colocando o negro nesses espaços, que é tão negado pra gente.

“Até então nesse período a arte não era tão valorizada quanto hoje, eu vivia uma dificuldade de valorização e foi algo que mudou minha vida. Quando você vence, você não vence sozinho, você leva um coletivo. Já ganhei o mundo, me tornei um diretor de casting, onde venho construindo uma história muito significante, colocando o negro nesses espaços, que é tão negado pra gente. Quando viajei para fora do Brasil estava entre os dez modelos mais famosos e para mim foi uma honra muito grande, uma viagem de ônibus que mudou a minha história”, explica ele que vai ter sua vida contada nas telas de cinema.

O cineasta baiano, Geovane Sobrevivente é o responsável pelo filme biográfico que vai contar a vida do modelo. “Giovane foi o pivô no ramo da educação, dentro da escola que estudava, sabendo da minha história me convidou para gravar um documentário sobre a minha vida. É um produto que está ficando pronto, estamos gravando algumas partes, porque muita coisa mudou daquele tempo pra cá e estamos tentando entender como vamos colocar cada questão, para poder lançar em breve”, afirma.

Carlos guarda uma frase que descreve muito a sua vida, a sua trajetória, de autoria do rapper, cantor e compositor Emicida “você é o principal representante dos seus sonhos na face da terra”, para ele que diante da sua luta contra o preconceito, faz do seu trabalho uma maneira conjugada com as causas sociais, acreditar no sonho precisa ter fé, paciência, sabedoria e discernimento de saber que muitas vezes pode cair, mas todos os dias tem a oportunidade de levantar.

“Quando sai de casa muita gente não acreditou, tive o apoio de minha tia Cassandra, que me deu base pra tudo, da minha mãe e da minha avó, e minha tia Claudete que revolucionaram a minha vida em acreditar. Eu acho que quando você tem o apoio da sua família, as lutas na rua se tornam brincadeiras. Pra mim foi significante. Eu creio que na vida da juventude que falta essa questão da oportunidade, se você acreditar no seu sonho e tiver apoio da sua casa, ainda que não tenha, você acreditar que vai dar certo”, concluí.
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