Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou que vai acabar com o Banco Central do seu país, três dias após a vitória do ultraliberal. Após a declaração do hermano, o presidente do Banco Central brasileiro, Campos Neto, refutou uma das principais promessas de campanha do ganhador do pleito no país vizinho. “Eu não consigo ver como eliminar todas essas funções do Banco Central, que são regulação, supervisão e conduta. Acho bem perto do impossível”, afirmou ele, em evento da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, em Brasília.
Na ocasião, Milei também propôs a dolarização da economia argentina. “É óbvio que se tem dolarização, tem uma função do Banco Central que deixa de existir. Mas o Banco Central tem mandato de estabilidade monetária e estabilidade financeira”, disse, para completar: “Isso significa que o Banco Central faz funções de conduta, de supervisão e de regulação do sistema financeiro, que alguém tem que fazer. Não existe sistema financeiro sem ter supervisão, regulação e conduta”.