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Baiano formado na Uneb é o primeiro negro na direção do Banco Central

Foto: Pedro França/Agência Senado

Baiano, formado pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Ailton de Aquino Santos, primeiro dirigente negro empossado diretor de Fiscalização do Banco Central (BC). Aitlon atribui a conquista a educação pública e confessou que não se acostuma a ser chamado de doutor.

“Sou do vestibular de 1994, como qualquer menino do interior da Bahia. Por isso, ressalto a importância de uma universidade estadual, pública e gratuita. Um menino de Jequié [no sudoeste baiano], que tinha o sonho de fazer o ensino superior. Acho algo fundamental na vida de todos nós, e a Uneb me propiciou isso”, diz Aquino, que confessa certo desconforto em ser chamado de “doutor” e de “diretor”. “É da liturgia do cargo ser chamado de diretor, mas gosto mais de ser chamado de Ailton”, ressalta.

No Banco Central, Ailton atua na área de de supervisão bancária, de auditoria e é responsável por fiscalizar as instituições financeiras e acompanhar o cumprimento das normas. Aquino reconhece a importância do estudo continuo e o papel histórico ao ser a primeira pessoa negra a ocupar.

“Lembro que, quando fui escolhido auditor, me diziam que não havia nenhum negro chefe de departamento no Banco Central. Eu sempre me pergunto: sou um negro competente ou um competente negro? Tenho certeza que o que a Uneb me entregou com muita competência, consegui avançar. E, acima de tudo, sendo negro como grande parte da população brasileira e mais de 70% da população de Salvador”, diz.

Entre 1998 e 2006, a Uneb teve a primeira reitora negra do país, Ivete Sacramento. A instituição foi a primeira a adotar cotas para estudantes negros no Brasil, em 2002.

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