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Presos atualmente como mandantes da morte de Marielle, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão já se envolveram em outro assassinato, em 1987, num caso de traição. O irmão mais velho, Domingos apertou duas vezes um revólver calibre 38, matou Luiz Cláudio Xavier dos Reis e feriu Jairo Neves dos Santos.
Domingos voltava com a família da comemoração de seu aniversário num clube, quando Luiz Cláudio, a vítima, foi atrás dele porque desconfiava que sua ex-mulher, de quem estava separado há seis meses, estava tendo um caso com um dos irmãos, ele não sabia bem.
A prisão de Domingos aconteceu em 8 dezembro de 87, nove meses depois do crime e ele passou o Natal e o revéilon na cadeia, mas no dia 14 de janeiro de 1988 ganhou liberdade provisória. O processo ficou esquecido e Brazão só foi julgado em 2003, quando já era deputado estadual e tinha direito a foro privilegiado.
O julgamento culminou na absolvição por legítima defesa. “Ambos de arma em punho, ocasião em que o réu (Domingos Brazão) sacou da arma e efetuou os disparos”, descreve o desembargador Paulo Ventura. O desembargador descreve uma cena típica de legítima defesa, em que uma pessoa ameaçada reage para defender sua vida.”