O Bahia encerrou a janela de transferências de meio de ano sem sanar completamente as lacunas do elenco.
Desde o início do ano, o Tricolor tem sofrido com lesões e inconsistências técnicas por parte de alguns jogadores, o que fez com que os torcedores e em alguns momentos até o técnico Renato Paiva, sempre bastante cauteloso quanto a quem o chefia, falaram da necessidade de reforçar o elenco.
Seis novos jogadores desembarcaram no Tricolor para o restante da temporada, cinco deles como solução imediata, enquanto o lateral-esquerdo Caio Roque chega do Lommel,da Bélgica, para se recuperar de uma lesão no joelho e só ficará disponível em janeiro.
Mesmo com as seis contratações e cerca de R$ 50 milhões investidos, o Bahia ainda tem lacunas no elenco. Falta um volante com características de marcador, falta um reserva para Cauly, sem dúvidas o melhor jogador do time,que não consegue ter um descanso e corre risco de lesão constantemente, mas principalmente, falta um camisa 9.
Everaldo e Vinícius Mingotti, jogadores que fazem a função de centroavante não caíram nas graças do torcedor e deixam a desejar taticamente. A indecisão de Renato Paiva e constante mudança de opção entre os dois, mostra que nem o treinador sabe se confia ou não no que tem a sua disposição.
É um erro que não pode ser cometido por uma equipe que briga contra o rebaixamento, venceu apenas um dos últimos 17 jogos e tem uma torcida cada vez mais irritada e decepcionada, jogando claramente contra o clube. O início do Grupo City lembra mais a “Era das trevas” do que um novo começo.
Os gastos do Bahia na janela
Gilberto- R$ 13 milhões
Rafael Ratão- R$ 13,3 milhões
Léo Cittadini- sem custos
Camilo Cándido- empréstimo pago junto ao Nacional-URU, R$ 500 mil
Adriel- empréstimo pago junto ao Grêmio, R$ 500 mil
Caio Roque- Bahia adquiriu 50% do passe do jogador por um valor não revelado
Antonio Jacques, Jornalista com MBA em Gestão Esportiva, colunista, repórter e comentarista.