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De acordo com informações do Jornal Correio, o estudante Arthur Cordeiro, de 19 anos, teve seu sonho de cursar gastronomia na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Isso porque, após se candidatar, fazer o processo seletivo e ser aprovado, teve sua autodeclaração para cotas raciais negadas.
“É uma profunda mistura de tristeza e indignação. Sou um jovem de pele parda, conforme a escala de tons de pele de Fitzpatrick, tenho cabelo encaracolado, nariz de base alargada e ponta arredondada. Encaro este processo como uma negação da minha identidade e existência”, disse o jorvem.
O estudante saiu de sua cidade, Riachão do Jacuípe, em 28 de fevereiro, até Salvador, para passar por uma avaliação presencial. Ele relatou ao site que a banca analisou se concordava com a declaração feita no momento da inscrição. Ele também tirou fotos de frente e lado, mas diz que não recebeu muitos comentários, além das instruções para o procedimento. No entanto, acabou tendo o pedido de cota indeferido duas vezes.
Ao Correio, a Ufba disse que não iria se manifestar sobre o caso, e afirmou que a análise dos candidatos é feita pelas características fenotípicas – que analisa formato dos olhos, a tonalidade da pele, cor e textura do cabelo.