Foto: Reprodução
Uma perícia realizada pelo DPT (Departamento de Polícia Técnica) apontou que o tiro que matou a indígena pataxó–hã-hã-hãe Maria de Fátima Muniz foi disparado pela arma de um filho de fazendeiro. Nega Pataxó, como era conhecida, foi assassinada a tiros na tarde de domingo (22) após ruralistas de um grupo autointitulado “Invasão Zero” tentarem expulsar indígenas que ocupavam uma fazenda no município de Potiraguá, no extremo sul da Bahia.
O acusado, de 19 anos, é um dos dois presos após o conflito. O segundo é um policial militar da reserva, de 60 anos, de acordo com a Polícia Civil.
Nega Pataxó chegou a ser socorrida para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. O cacique Nailton Pataxó, irmão dela, também foi baleado e encaminhado para cirurgia. Ele não corre risco de morte.
O MPF (Ministério Público Federal) e Defensorias Públicas da União e da Bahia afirmam que assassinatos de indígenas na região têm ligação com milícia milícia armada que atua no estado.