Foto: Angelo Carconi/ Ansa | Agência Lusa | EBC
O Papa Francisco classificou a prática de barriga de aluguel como “desprezível”. O método, segundo ele, deveria ser universalmente proibido pela “comercialização” da gravidez.
A declaração foi dada durante seu discurso anual aos embaixadores feito nesta segunda-feira (8). Para Francisco, um feto não deve ser “transformado num objeto de tráfico”. “Considero desprezível a prática da chamada maternidade de substituição, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, baseada na exploração de situações de necessidades materiais da mãe”, declarou.
Uma criança, de acordo com ele, “nunca deveria ser a base de um contrato comercial”. Em seguida, apelou pela proibição global da barriga de aluguel, “para proibir esta prática universalmente”.
O papa Francisco já chamou a barriga de aluguel de “útero para alugar”, um termo frequentemente utilizado pela primeira-ministra italiana de direita, Giorgia Meloni, que também se opõe à prática e apoiou a criminalização dos italianos que praticam barriga de aluguel fora do país.
Na Itália, a prática é ilegal, assim como em outros países da Europa. Apesar de a Igreja se opor a esta prática, o gabinete do Vaticano para o ensino da Igreja deixou claro que as crianças nascidas de barrigas de aluguel podem ser batizadas. Esse mesmo escritório permitiu nas últimas semanas, com a aprovação explícita de Francisco, a bênção de casais do mesmo sexo.