Foto: Carlos Elias Junior/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Ao grupo de aliados, o presidente Lula disse que pretende testar o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, como interino no comando da pasta.
O então ministro Flávio Dino foi indicado para a Suprema Corte e deve ficar à frente da pasta até a terceira semana de dezembro. Sua indicação precisa ser aprovada pelo Senado Federal.
De acordo com a CNN, Dino já defendeu a Lula que Cappelli o suceda. O auxiliar, na avaliação de Dino, já mostrou capacidade para o posto, quando foi interino tanto na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal como no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Lula pretende manter Capelli na função até fevereiro. E, no próximo ano, tome uma decisão. Cappelli também conta com apoio na cúpula nacional do PSB.
Lula, porém, esbarra na jogada política, já que repetiu mais de uma vez a interlocutores que, para amenizar a escolha de um homem para a Suprema Corte, gostaria de uma mulher para a Justiça. Se assim for, separaria a Justiça da Segurança Pública.
A nova pasta, ligada à Polícia Federal, poderia ficar sob o comando de Cappelli, apesar de resistências dentro da Polícia Federal (PF).
O Ministério da Justiça poderia ser assumido pela ministra Simone Tebet, do Planejamento, ou pela presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, que ficou sem cadeira ministerial após a posse do petista. O presidente tem afirmado que, caso decida manter a estrutura no formato atual, prefere colocar um nome de sua confiança do que atender a uma demanda partidária ou de gênero.
Caso decida pelo nome de Tebet, Lula já foi aconselhado a fazer um anúncio conjunto, contemplando o PT com o Ministério do Planejamento, com o objetivo de evitar dar margem para uma pressão do bloco do centrão pelo posto, considerado estratégico na definição dos recursos para emendas parlamentares.