Dois trabalhadores em situação análoga a escravidão foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE), em Maiquinique, interior da Bahia.
Por um período de cinco anos, os trabalhadores tinham uma jornada de trabalho sem férias, folga e que excedia as 8 horas. 13 crianças, filhos dos trabalhadores do local viviam no local, que não tinha colchão, cama ou condições mínimas de saneamento.
“Os alojamentos não ofereciam mínimas condições de conforto e segurança. Foram identificadas residências sem vasos sanitários, sem chuveiros, sem água encanada, com iluminação e sistemas elétricos precários e sem geladeira para conservação de alimentos do local. Alguns alimentos destinados ao consumo das famílias, tais como carnes, eram mantidos ao ar livre em estado de putrefação”, relatou Márcia Gondim, chefe de fiscalização da Gerência Regional do Trabalho de Vitória da Conquista.
Após o resgate, o MTE ainda acompanhou o pagmento de R$ 33,8 mil em rescisões contratuais e credenciou os resgatados para percepção de benefícios sociais garantidos legalmente para as vítimas.