Foto: Joílson César/BNews
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), disse na manhã desta sexta-feira (3), que as empresas operadoras do transporte público por ônibus da capital baiana estão sem recursos para pagar a primeira parcela do 13° salário dos rodoviários.
“O rodoviários sabem as dificuldades que enfrentam as empresas. Inclusive, elas estão sem dinheiro para pagar a parcela do 13° salário no dia 20 de novembro. Quando chega no final do mês, o que se apura de recursos frutos das passagens é insuficiente para pagar a despesa com o motorista, com o cobrador, com o combustível, com a manutenção dos ônibus”, declarou o prefeito.
A declaração ocorre três dias antes da assembleia da categoria, que está marcada para a próxima segunda-feira (6). Existe a possibilidade de ter greve por tempo indeterminado se não houver acordo com os empresários, alvos da manifestação por, segundo os funcionários, descumprirem um acordo coletivo de trabalho.
O prefeito fez um apelo para que a categoria desista do movimento por causa da gravidade da crise que o sistema enfrenta. “Toda vez que eles fecham a garagem, agrava mais essa crise, porque diminui a receita de um sistema que já é deficitário. A greve só vai agravar a situação. Nos outros anos nós tínhamos pandemia, tínhamos pago o desequilíbrio da pandemia dentro do contrato, em 2023 não. Há um desequilíbrio grande e nós estamos discutindo como reequilibrar o sistema”, complementou.
Segundo Bruno Reis, diante da falta de subsídio por parte do governo federal para o transporte público, o município deverá buscar instituir sua própria iniciativa para socorrer o setor em Salvador. Ela, porém, deverá antes disso passar pelo legislativo da capital baiana. “Vai depender de aprovação legislativa para que a gente possa pagar o subsídio. Já que o governo federal não vai ajudar, não vai pagar, a Prefeitura vai ter que assumir esta responsabilidade. Mais uma que, infelizmente, os municípios brasileiros vêm assumindo pela ausência de participação do governo federal”, explicou.