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O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (25) a proposta de taxação de offshores e de fundos de super-ricos com amplo apoio do centrão. A pauta é de interesse do Palácio do Planalto. A aprovação ocorre após a entrada formal de ministros do PP e Republicanos no governo. O texto se arrastou há semanas.
O grupo queria mais espaço na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto foi aprovado por 323 votos a 119 no mesmo dia em que o petista demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e indicou para seu lugar um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Dos 78 votos do centrão – excluído o oposicionista PL – dados nesta quarta, 64 foram a favor do governo e 14, contra. Ademais, 41 votantes do PP de Lira, 31 ficaram ao lado do governo e 10 contra, entre eles o presidente da bancada ruralista, Pedro Lupion (PR). No Republicanos houve uma maior adesão: dos 37 votantes, 33 foram favoráveis ao projeto e apenas 4, contra.
O PL, que é oposição e tem 98 cadeiras, registrou 73 votos contra o governo e 12 a favor. Entre os dissidentes pró-Lula, destaques para parlamentares do Nordeste e Tiririca (SP), que tem votado constantemente a favor do Palácio do Planalto. Os demais partidos de centro e de direita que apoiam Lula e que têm nove ministérios, a maior traição ao Planalto correu no União Brasil, que deu 15 votos contra o projeto e 33 a favor. A votação seguiu com MDB (29 votos a favor e 5 contra) e PSD (36 votos a favor e 2 contra) registraram pequenas defecções.