Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Mais seis réus foram julgados no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos golpistas de 8 de janeiro e os ministros os condenaram por maioria. Com isso, chega a 12 o número de condenados com relação ao episódio. No ato de tentativa de golpe, sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
Os réus foram denunciados pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento virtual foi finalizado às 23h59 de terça-feira (17).
Reginaldo Carlos Begiato Garcia (SP), Claudio Augusto Felippe (SP), Jaqueline Freitas Gimenez (MG), Marcelo Lopes do Carmo (GO), Edineia Paes da Silva Dos Santos (SP) e Jorge Ferreira (SP) foram condenados.
O relator, ministro Alexandre de Mores, votou pela condenação de cada um pela pena de 17 anos de prisão, com exceção de Jorge Ferreira, que recebeu sentença de 14 anos.
Acompanharam Moraes os ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux. Os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin divergiram em parte, aplicando penas mais brandas, enquanto os ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Nunes Marques divergiram em maior extensão, absolvendo os réus de alguns dos crimes imputados.
O STF avalia as diferenças nas penas e elas ocorrem por que são calculadas pelos ministros com base na análise individualizada da conduta dos réus. A maior parte dos condenados foi preso no interior do Palácio do Planalto, diferente de Reginaldo Garcia, que foi preso dentro do plenário do Senado.